Nem vou descrever o que se passou em Palma, excepto que sobrevivi a vários ataques de ciúmes que à viva força gostaria de não ter. De facto a Linda dança muito bem, bem demais. Num restaurante caríssimo, o empregado, um alemão meio freak de olhos azuis, enganou-se e a factura que trouxe apresentava apenas os digestivos e o café. Estranhei e tive o estranho impulso de querer pagar. Quando nos íamos levantar o empregado piscou o olho à Linda e eu percebi tudo. Sairia demasiado caro este jantar? Mais tarde numa discoteca onde os circuitos de Coca pareciam uma máquina de flippers, ele apareceu como que por acaso. Sobrevivi, mas foi muito complicado muito mesmo.Um antigo proprietário da África do Sul serve hoje à mesa num restaurante, tem 52 anos.
Embriagado pelos ciúmes, convido a Linda a ir pela primeira vez a um bar de alterne. Ela diz que nunca foi eu digo-lhe “Qual é o mal?” O porteiro fica surpreso: “Eso es un puticlub, mujeres no entran” E eu fico surpreso também com a minha a atitude e não desarmo. Vamos então à Discoteca “Del Sol”. “É melhor não irmos” diz-me a Linda “Aquilo é tão forte que um antigo namorado meu até chorou.” Mais tarde, já no avião de regresso, caio em mim. Eu que me tinha como defensor das qualidades humanas, dou por mim a explorar as fragilidades dos outros. Que fera existe em mim, pronta a morder? A Linda está muito maldisposta no avião de regresso. Levanto-me e digo no melhor ribatejano “Se faz favor” a hospedeira acorre expedita. Compressas e garrafas de água, a Linda treme mas vai melhorando. Em pânico olho pela janela do avião parece-me ver a Debicronije, que faz ela aqui no mundo real? É um pássaro enorme, cujas penas são dorso de leopardo e olha-me profundamente do lado de lá da janela. A Linda descansa enfim, “Estás bem?” pergunto-lhe, “Não, não estou bem, tenho Cancro.”
Embriagado pelos ciúmes, convido a Linda a ir pela primeira vez a um bar de alterne. Ela diz que nunca foi eu digo-lhe “Qual é o mal?” O porteiro fica surpreso: “Eso es un puticlub, mujeres no entran” E eu fico surpreso também com a minha a atitude e não desarmo. Vamos então à Discoteca “Del Sol”. “É melhor não irmos” diz-me a Linda “Aquilo é tão forte que um antigo namorado meu até chorou.” Mais tarde, já no avião de regresso, caio em mim. Eu que me tinha como defensor das qualidades humanas, dou por mim a explorar as fragilidades dos outros. Que fera existe em mim, pronta a morder? A Linda está muito maldisposta no avião de regresso. Levanto-me e digo no melhor ribatejano “Se faz favor” a hospedeira acorre expedita. Compressas e garrafas de água, a Linda treme mas vai melhorando. Em pânico olho pela janela do avião parece-me ver a Debicronije, que faz ela aqui no mundo real? É um pássaro enorme, cujas penas são dorso de leopardo e olha-me profundamente do lado de lá da janela. A Linda descansa enfim, “Estás bem?” pergunto-lhe, “Não, não estou bem, tenho Cancro.”
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